Dermatite de fraldas e miliária são algumas das doenças de pele mais comuns na infância. Tais doenças podem provocar vermelhidão, coceira e a descamação da pele das crianças, que sofrem com dores e incômodos que esses quadros podem causar. A principal solução é consultar um dermatologista pediátrico para tratar do caso de perto e evitar seu agravamento.
Algumas doenças de pele costumam ser mais comuns durante a infância do que em outras fases da vida. A pele é o maior órgão do corpo humano, portanto, ela tem grande influência na nossa saúde e bem-estar. Dentre as suas principais funções, está a de proteger outras camadas do nosso corpo e organismo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a melhor maneira de evitar uma doença de pele é a prevenção, portanto, é preciso conhecer as suas principais características e de que maneira acometem as crianças.
Nos meses mais quentes do ano, essas doenças podem se manifestar com mais frequência, já que algumas estão relacionadas à produção excessiva de suor e ao contato entre a pele da criança e outras superfícies, como roupas e fraldas. Há também locais que favorecem seu surgimento, como praias e piscinas, que podem abrigar microrganismos nocivos.
Conheça abaixo as principais delas para ficar cada vez mais atento à saúde do seu filho:
Dermatite de Fraldas
Popularmente conhecida como assadura, a dermatite de fraldas diz respeito a uma doença de pele que representa qualquer reação inflamatória dentro da área da fralda. Ela é considerada um dos distúrbios cutâneos mais comuns em bebês e, apesar de ter ‘’fralda’’ no nome, a alergia não está relacionada a ela, mas sim ao contato da pele do bebê com o cocô e o xixi.
Para evitar essa doença de pele, é preciso trocar as fraldas a cada três horas. Além disso, outras dicas valiosas são deixar o bebê sem fralda por um tempo ao longo do dia e, durante a troca da fralda, evitar movimentos que geram muito atrito, o que pode piorar o quadro da doença de pele.
Dermatite atópica
A dermatite atópica é uma doença de pele que pode acometer pessoas em qualquer idade, mas é mais comum em bebês e crianças de até cinco anos. Se o seu filho possui outros tipos de doenças alérgicas, como rinite e asma, a predisposição para desenvolver a dermatite atópica é ainda maior.
Ela causa muita coceira nas regiões em que aparece e pode provocar bastante incômodo no paciente. Se não tratada junto ao acompanhamento de um dermatologista pediátrico, essa doença de pele pode se tornar crônica.
Miliária
Também conhecida como brotoeja, a doença de pele miliária está relacionada com as glândulas sudoríparas, que produzem o nosso suor e são essenciais na manutenção da temperatura corporal. Durante as estações mais quentes do ano, o bebê passa a suar com mais frequência, causando uma obstrução dessas glândulas, o que forma pequenas bolhas de água na pele. Os locais onde a brotoeja surge com mais frequência são o pescoço, tórax e regiões com muitas dobras.
Para evitar a miliária, é preciso manter o seu bebê sempre fresco, dando banhos ao longo do dia e evitando roupas com tecidos muito quentes.
Micoses superficiais
As micoses superficiais ocorrem devido à presença de fungos na pele. Se não tratada, essa doença de pele pode se agravar, pois os fungos que causam a micose alimentam-se de queratina, uma proteína fibrosa que forma diferentes estruturas do nosso corpo. Portanto, na medida em que se alimentam, esses fungos retiram a queratina das regiões, aumentando o tamanho das lesões que provocam e enfraquecendo a nossa saúde.
Há dois tipos de micoses superficiais que podem acometer as crianças: a tínea corporis, que cria uma placa avermelhada na pele e a solta como se fossem escamas, podendo aparecer em qualquer região do corpo; e a tínea capitis, que acomete especificamente a região do couro cabeludo.
Segundo a SBD, a transpiração, o calor e a umidade são alguns fatores que mais favorecem o surgimento da micose em crianças. Portanto, é preciso estar atento aos dias mais quentes e aos hábitos que fazem parte da rotina do seu filho, pois podem estar contribuindo para o surgimento dessa doença de pele.
Molusco contagioso
Por fim, essa doença de pele é uma doença viral causada por um vírus chamado parapoxvírus. Em um primeiro momento, a lesão causada pelo molusco contagioso aparece como uma pequena pápula perolada, ou seja, uma elevação na pele que possui aspecto brilhante. Em alguns casos, é possível notar um buraco pequeno no centro dessa elevação.
Apesar de não causar coceira, essas lesões são contagiosas, o que significa que qualquer pequeno movimento da criança pode fazer com que o vírus se espalhe pelo corpo. Por isso é tão essencial realizar o tratamento para contê-lo e evitar que se alastre.
Ao notar o surgimento dos primeiros sinais de qualquer uma dessas doenças de pele é imprescindível consultar um dermatologista pediátrico, médico especializado na área e que irá te ajudar a ter um diagnóstico confiável. Além disso, ele dará início ao melhor tratamento possível para o seu filho, considerando todas as suas particularidades como paciente.
Há hábitos que devem fazer parte do dia a dia de pais e filhos para evitar o surgimento ou mesmo o agravamento dessas doenças de pele. Porém, o mais essencial é contar com a ajuda do dermatologista para que o tratamento seja iniciado o quanto antes, evitando grandes lesões e dores para a criança.
Se você notou algum dos sintomas que apontamos hoje, seu filho pode estar com uma doença de pele. Agende já uma consulta com a Dra. Marina Lino, dermatologista especializada em dermatologia pediátrica, no Centro Terapêutico AKTA Liv.
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