HERPES SIMPLES
O Herpes Simples é um vírus muito comum. Estima-se que 90% da população adulta tenha o vírus. Entretanto, a maioria nunca manifesta a doença. Alguns vírus, como o herpes permanecem “dormentes” no nosso organismo, ou seja, não conseguimos eliminá-los. Por isso podemos apresentar várias vezes a doença, em tempos diferentes.
O local mais comum é nos lábios (herpes simples tipo 1), mas pode aparecer em qualquer local da pele ou mucosa (incluindo na região genital e anal - herpes vírus tipo 2). As lesões do herpes são vesículas brilhosas (bolinhas pequenas de água), cerca de 5 a 10, agrupadas como cacho de uva sobre uma pele avermelhada. Estas vesículas se rompem rapidamente, aparecendo crostas que desaparecem espontaneamente em cerca de 5 dias. Antes do aparecimento das lesões pode ter sintomas como coceira e sensação de ardência. Em crianças, quando ocorre a primo-infecção pelo herpes ocorrem vesículas na região da garganta, gengiva e ao redor da boca, com febre, dor e inapetência.
É comum aparecer lesões de herpes quando a diminui a imunidade da pele (ex: após tomar sol, após alguma doença como gripe, estresse ou quando tomamos medicações que diminuem a imunidade).
A transmissão ocorre por meio de contato com as lesões de herpes ou pele/mucosa infectada (nem sempre a lesão está presente). O herpes genital é considerado doença sexualmente transmissível (DST).
A Duração da doença labial, sem tratamento é em torno de 7 dias. Somente o uso precoce de medicações orais (primeiras 24-48 horas), consegue diminuir a duração da doença. Entretanto, nem todos os casos precisam de medicação oral. Reservamos esse uso para casos extensos ou muito frequentes. Nos casos leves podemos utilizar cremes. O aciclovir é muito utilizado, porém estudos não comprovam sua eficácia. A melhora observada é mais pela hidratação do que ação antiviral. Outra pomada que podemos usar é a sulfadiazina de prata, que parece ser mais eficaz, prevenindo infecção secundária.
Em algumas pessoas que apresentam a doença com frequência podemos fazer terapia profilática, ou seja, usar medicamentos antivirais em dose baixa para prevenir a recorrência da doença. Uma alternativa aos antivirais é um aminoácido chamado lisina.